Como funcionam os remédios realmente?
Dr. Bach utilizava uma ótima metáfora para descrever a forma como os seus remédios atuavam.
Segundo ele, os florais, “como uma linda música ou qualquer outra coisa inspiradora que levante nosso astral, fazem emergir nossa verdadeira natureza, e nos aproximam de nossas almas. E tão somente por essa ação, eles nos aportam paz e aliviam nosso sofrimento.”
Tal como um lindo pôr de sol ou uma foto nos podem comover e trazer-nos paz, também os florais elevam nossa energia e nos ajudam a ser e viver o melhor de nós mesmos.
Existem muitas teorias sobre como atuam os florais. A maioria das pessoas acredita que a energia forma um padrão na água, outros falam de mecânica quântica e vibrações espirituais.
Na tentativa de captar essa energia se produziram belíssimas fotos kirlian mostrando diferentes cores e formas e padrões para cada flor contudo, pouquíssima pesquisa profunda foi feita até agora, neste sentido. Qualquer conclusão aparentemente sólida é mera especulação.
A prova real de que os florais funcionam é o efeito que eles efetivamente produzem. Tomar Mimulus quando se tem medo é apenas uma forma mais específica de reação emocional, tal como quando você escuta Beethoven ou fica olhando as estrelas.
O trabalho de Dr. Bach se adequava ao anos 30, mas será que os tempos modernos não pedem remédios modernos?
Será que isso significa que necessitamos novos remédios?
Nós achamos que não, uma vez que os remédios não tratam aquilo que despoleta nossas emoções em si.
Medo é o mesmo sentimento que sempre foi. Tal como o amor, a compreensão ou a bondade. Nossas emoções modernas não são mais complexas do que aquelas descritas por Shakespeare, por Dante ou pelos autores bíblicos.
Muitos dos conceitos de espiritualidade da Nova Era são redescobertas de antigas crenças e práticas que nos põe em maior contacto com nossas raízes e nos recordam nossa relação com o mundo e com a natureza.
Os remédios deveriam ser vistos nesse contexto: não como algo passível de ficar fora de moda mas como algo eternamente renovado e intemporal.
Os 38 remédios nos põem em contacto com o nosso ser superior e espiritual – e desse modo nos proporcionam a liberdade de nos desenvolvermos ao nosso próprio ritmo, qualquer que seja, livres da ganância de nosso ego de se “iluminar” imediatamente.
Porquê o Bach Centre não apoia o uso de pêndulo e a kineseologia como métodos de seleção de remédios?
Quando utilizamos o pêndulo ou kineseologia ou qualquer outra técnica mecânica ou mesmo intuitiva como método de seleção estamos criando uma barreira.
Pois a maioria das pessoas não sabe usar um pêndulo ou fazer testes musculares e por isso podem se sentir obrigados a recorrer ao terapeuta para selecionar seus remédios.
Além disso, se a seleção feita com o pêndulo for assertiva, ela pode estar indo demasiado diretamente ao cerne da questão do cliente, sendo que o cliente pode não estar necessariamente preparado para ir tão longe.
O que significa que o auto-conhecimento, que é um dos objetivos principais do sistema floral, não será atingido como gostaríamos.
Acreditamos que o tratamento deve acompanhar o ritmo do cliente, e não do terapeuta e essa é a razão pela qual todos os BFRPs assinaram um Código de Prática no qual se comprometem a utilizar em suas consultas apenas a clássica técnica de questionário que Dr. Bach concebeu.
Porquê o Bach Centre não aprova o uso de outros sistemas florais?
O Dr. Bach sempre quis manter seu trabalho o mais simples possível para que todo o mundo pudesse entendê-los. Antes de morrer ele alertou seus colaboradores para o fato de possíveis tentativas de alterar e complexificar o seu trabalho.
Ao que seus assistentes responderam prometendo manter inalterada a simplicidade e pureza do sistema e de seus métodos.
Nós acreditamos que os 38 florais são suficientes, quando combinados corretamente, para curar todo o leque de emoções humanas.
Essa é a razão pela qual a equipe do Bach Centre continua a trabalhar apenas com o sistema original de 38 remédios florais.
Isso não é uma crítica aos outros sistemas florais; tudo o que é útil acaba encontrando seu lugar. Porém acreditamos que a simplicidade do sistema original é algo que merece ser preservado.
Que posso esperar de um BFRP quanto à forma como desempenha o seu trabalho?
A resposta completa a esta questão encontra-se no nosso Código de Prática mas, em resumo, um BFRP garantidamente:
- trabalhará com o sistema floral segundo o método do próprio Dr. Bach
- apresentará os 38 florais como um sistema completo e separado, ou seja, não o confundindo ou misturando com outras abordagens a nível de saúde nem com outros sistemas florais
- ensinará seus clientes a utilizar os remédios autonomamente
- se expressará de forma clara e utilizará os remédios de um modo simples, frontal e acessível
Todas estas premissas refletem o ideal de simplicidade e auto ajuda desenvolvido pelo Dr. Bach.
Li textos escrito pelo Dr. Bach sobre «ajudantes e curadores» e possíveis relações entre florais e astrologia – porque motivo o Bach Centre não fala desses assuntos nem publica esses textos de novo?
O Dr. Bach explorou muitos conceitos e teorias ao longo de sua carreira e escreveu notas, artigos e cartas sobre essas considerações.
Contudo, em todas as etapas de seu trabalho, ele foi reformulando e descartando tudo aquilo que deixasse de lhe parecer relevante.
Por exemplo, ele ponderou o uso da técnica homeopática de sucção, descartou possíveis nexos entre os remédios e a astrologia, desistiu do diagnóstico através de sintomas fisiológicos e abandonou a ideia de que certos remédios trabalhariam em planos superiores e outros em planos inferiores, por considerá-la obsoleta.
Ele era uma pessoa muito assertiva e sensível quanto a esses «excessos de bagagem».
Quando, em 1930, ele decidiu deixar Londres e se dedicou aos remédios florais pegou fogo a todos os seus panfletos e notas desatualizadas.
Mais tarde, já em Mount Vernon, ele fez de novo uma fogueira no jardim para queimar aquilo que ele considerava serem os andaimes da construção de seu sistema floral.
Ainda nesse sentido, ele deu ordens expressas para que seus editores destruíssem todas as edições anteriores ainda em stock de «Os Doze Curadores» cada vez que uma nova edição fosse lançada.
Pois ele não queria que antigas edições fossem reeditadas, uma vez que continham informação desatualizada sobre descrições dos florais e conceitos que ele já não considerava serem os mais precisos e já não utilizava em sua prática.
Dr. Bach sentia que essas ideias e descrições por ele descartadas seriam utilizadas por pessoas com intenção de complexificar o sistema por motivos pessoais.
O papel do Bach Centre quanto a essa situação foi claramente descrito pelo próprio Dr. Bach numa carta endossada a seu amigo Victor Bullen, pouco antes de morrer: Nosso trabalho é aderir rápida e prontamente à simplicidade e pureza desse método de cura.
Da nossa parte, nós tentamos manter-nos fiéis ao desejo de nosso fundador. Livros como The Origianl Writings of Dr. Bach, publicado em parceria com o Centro são apresentados como documentos históricos, devidamente contextualizados – e sem as obsoletas descrições dos florais, como desejava o Dr. Bach.
Apesar de nossos esforços, versões antigas de «Os Doze Curadores» foram efetivamente publicadas de novo em 1980 e se encontram amplamente disponíveis.
E tal como Dr. Bach previu seus velhos conceitos são a amiúde referidos por escritores e terapeutas, por vezes sem a devida contextualização histórica.
Tudo o que podemos fazer quanto a isso é continuar ressaltando que o sistema tal como o Dr. Bach o deixou se encontra acabado e é mais perfeito e muito mais simples que todas as versões anteriores do mesmo.
Como podem 38 remédios cobrir todos os estados de espírito existentes?
Se pode fazer uma ótima analogia no sentido de tentar responder essa questão observando o mundo da cor.
Existem apenas três cores básicas (vermelho, azul e amarelo), porém todas as cores visíveis podem ser produzidas ao combiná-las.
Do mesmo modo, existem 38 estados mentais básicos que combinados produzem centenas de milhares de combinações.
Já foi comprovada cientificamente a eficácia dos florais de Bach?
Quando o Dr. Bach confiou seu trabalho a Nora Weeks (e ao fazê-lo lançou as fundações do Bach Centre) ele a aconselhou a manter sua vida simples, bem como seu trabalho. Dentro dessa lógica, nós nunca tratámos de provar que os florais funcionam.
Nosso trabalho é demonstrar às pessoas como utilizá-los e deixar que eles experimentem seu efeito.
Apesar disso, alguns estudos têm sido feitos ao longo dos anos, apesar de todos eles terem um valor limitado do ponto de vista científico, seja por sua pequena escala seja pelas inconsistências metodológicas que alguns deles apresentam.
Aqui estão alguns links para pesquisas e escritos sobre pesquisas publicadas desde 2000:
- 2015 – estudo piloto da BFVEA sobre o impacto dos remédios de Bach no estresse
- 2015 – médicos em Cuba investigam se os remédios podem ajudar nos casos de síndrome do túnel do carpo
- 2012 – de Japão, os efeitos da mistura de emergência no equilíbrio autonômico cardíaco
- 2007 – Halberstein et al. nos EUA investigou a utilidade dos remédios
- 2007 – Remédios de Bach e controle da dor, Reino Unido
- 2006 – uma visão geral da pesquisa realizada até maio de 2006
- 2005 – usando Bach em situações pré-operatórias, Japão
- 2003 – dos EUA, Bach e transtorno depressivo maior crônico
- 2002 – artigo mencionando vários estudos
- 2002 – essências florais para TDAH – do Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry
- 2000 – extrato do livro Teach Yourself Bach Flower Remedies
- 2000 – estudo psicológico e metafísico do mix de emergência