Seleção para crianças

por Mariza Ruiz BFRP

Muita coisa interessante passou por minha vida em meus vários anos como terapeuta em florais de Bach. Lembrei-me que há pouco tinha me credenciado e uma moça me procurou para saber se eu trabalhava com crianças. Ainda não tinha tido tal experiência, até então eram somente adultos, mas disse que sim.

Imaginei que fosse uma criança com quem eu pudesse falar e que a partir do meu contato com ela e mãe, poderia sugerira essência mais adequada. Quando perguntei a idade, a mãe me respondeu que era um bebê que praticamente acabara de nascer. Confesso que fiquei um pouco insegura. A delicadeza dos bebês me preocupava, a possibilidade de não acertar, também.

Fiz várias perguntas para mãe sobre a criança. Queixava-se ela de que ele dormia muito pouco e que chorava muito. Levado ao pediatra não apresentava nada que justificasse tanto choro. Sequer a dificuldade para dormir.

No dia da consulta conheci o bebezinho, um homenzinho de cabelos negros e sobrancelhas fortes, apesar da pouca idade. Chamou minha atenção a expressão de seu rostinho. Era bravo, franzia as sobrancelhas e chegava a ter ruguinhas entre elas. Que incrível, pensei, uma criança que aparentemente tem uma família acolhedora e equilibrada, apresentar tal gênio.

Lembrei-me então de como Bach observava as pessoas a partir de suas emoções e então as selecionou flores de acordo. Por que não poderia ser o mesmo com o bebê? Por que não poderia aquele pedacinho de gente apresentar características que houvesse trazido com ele? Nenhum de nós nasce “tabula rasa” acreditava eu e penso que Bach também.

Com base no comportamento dele, sugeri algumas flores. Pedi que a mãe oferecesse a ele quatro gotas quatro vezes ao dia, mas que também colocasse algumas gotinhas no banho, nas têmporas e nos pezinhos . Recomendei que não deixasse de seguir as orientações de pelo menos ministrar o floral quatro vezes por dia. Logo na primeira semana ela relatou que ele estava mais calmo. Quando voltei a vê-lo quinze dias depois, já não franzia a testa. Rapidamente ele havia melhorado e muito aliviada e contente fiquei.

A mãe me procurou muitas vezes por motivos outros. Também me procurou quando teve outro bebê. Hoje estão crescidos, adultos. Tornei-me a terapeuta de seus bebês quando foi necessário. Uma intervenção que gerou frutos e que me fez e faz pensar que vale a pena a profissão que escolhi.

 

Photo by Peter Ramselaar BFRP